quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Em meio ao Blackout: A vida sem eletricidade.

Estamos tão adeptos e dependentes das novas tecnologias que mal paramos para pensar o que faríamos se em algum momento, por alguma circunstancia, não pudéssemos mais usufruir da maioria delas. E isso poderia acontecer sim, por um simples, porem imenso fato: a falta de eletricidade.

Pense o que seria do mundo atual sem eletricidade? A sociedade contemporanea já possui uma cultura tão regida por tecnologias e meios que dependem da eletricidade que dificilmente se adaptaria sem ela.

Dia a dia são inventadas, criadas e lançadas “n” tipos de tecnologias diretamente derivadas da eletricidade, e muitas delas começam, em massa, a fazer parte das nossas vidas. Realmente estamos vivendo uma revolução tecnológica! Então friso: Como sobreviveria hoje a sociedade mundial sem essa tecnologia primaria que é a eletricidade?

E ainda tem mais, além desse ponto, que a meu ver, é a principal dependência humana dentro da sociedade contemporânea, ainda existe outro grande assunto que é outra grande dependência similar a ser discutida: As ondas...

Se os maias estiverem certos (assim como estiveram em tantas outras premonições), em meados de 2012 acontecera um fenômeno chamado: explosão solar, que alem de deixar o céu global com aparência de uma aurora boreal permanente, interromperia todo o sistema de transmissão ondas no planeta. Então penso e pergunto de novo: como a sociedade mundial lidaria, do nada, SEM:> Telefone, Internet, Radio, Televisão, etc, etc?

Considerando que esses são meios de comunicação de massa que dependem diretamente da eletricidade e da tecnologia que transmite as ondas, seriam essa possibilidade, mesmo que improvável, um caos anunciado caso não começarmos a pensar e fazer algo sobre o assunto? Será que ainda há tempo pra isso? E não metaforicamente também penso:

Viveremos então dentro do celebre livro de Saramago (“Ensaio sobre a Cegueira)?

Continuando...

Neste exato momento - em que escrevo este texto - dependo totalmente da luz do meu NOTEBOOK para fazer ou achar qualquer coisa dentro do meu pequeno apartamento... que carreguei, (O Note), antes da queda de energia na: TOMADA. Tomada qual - antes carregou também meu: CELULAR. Que foi o que gerou então luz para - eu poder subir até meu apartamento. Apartamento o qual também não tem: nenhuma vela.

E nesse mesmo momento, já estou imaginando que a eletricidade logo vai voltar - tomara que logo (olha a dependência)-, pois mesmo com o habito e a possibilidade de escrever este texto num objeto tecnológico que ainda tem alguma bateria - como nos salvaríamos do tédio que a falta de energia nos causaria? (Só mesmo sendo algum dos personagens dos livros de Guimarães Rosa pra nos salvar... e muitos amigos em volta também).

Também estou pensando que, já já vou ter INTERNET de novo, e que então vou poder postar meu texto pela manha para poder também transmiti-lo a outras pessoas. - pois isso é algo que estou extremamente habituado também.

O contexto vai tão alem que se pararmos pra pensar em como funciona nosso comportamento devido as tecnologias que nasceram com a da eletricidade e foram incorporadas a nossa cultura que nem consigo imaginar como nos adaptaríamos caso isso acontecesse. Certamente um estado de calamidade global certo?

Outros questionamentos: Imagine como viveríamos de repente sem um supermercado (comercio qual depende da eletricidade em vários aspectos), sem geladeira, imagine o mundo atual sem geladeira?! Quantas vidas também não seriam perdidas sem os hospitais, sem seus aparelhos! As ruas sem semáforos... Em fim, se eu continuar exemplificando dados do caos esse texto seria infinito.

Mas continuando... (tom de assustado!)

Ao mesmo tempo em que essas novas tecnologias podem nos aproximar virtualmente, ou seja, nos permitindo essa grande capacidade de nos comunicarmos uns com os outros mesmo que a distancia, quão solitários estamos ficando.

Nosso comportamento social é tão influenciado pelas novas tecnologias que estamos cada vez mais nos comunicando virtualmente, e conseguintemente: distanciando-nos dos outros fisicamente. E isso não se resume apenas ao telefone ou a internet, mas a invenções teconlogicas como o Ipod também, em que, mesmo com a oportunidade de ouvir nossas musicas prediletas através de um pequeno aparelhinho que podemos guardar no bolso, estamos indissociavelmente nos isolando dos outros e do que está acontecendo a nossa volta. Isso pra citar apenas um exemplo.

Enfim, acho melhor parar por aqui, pois mesmo com vontade de continuar, a bateria do meu notebook está acabando, e imagine se a eletricidade não voltar logo e eu precise ir ao banheiro no meio da noite. Como vou enxergar a privada sem uma única vela ou lanterna por perto? Bom, talvez vá tateando as paredes e objetos, encontre-a, e solucione o “probleminha” sentando na privada ao invés de fazer em pé, outro habito cultural. Porém imagine agora um problema de verdade que dependa diretamente da eletricidade para ser resolvido, e que a solução não seja encontrada rapidamente, ou mesmo que seja encontrada, não possa ser compartilhada por que não existe mais eletricidade ou ondas para que funcione televisão, radio ou telefone?

Hummm, ta ai um grande... ou melhor: gigantesco paradoxo contemporâneo para se refletir.